sexta-feira, 15 de abril de 2011

Vivo distante



Eu só queria viver um pouco mais no esquecimento, sem ter que viver o pôr-do-sol e sentir o que faço para justificar o que sou. Em um mundo cheio de castelos acromáticos e campos repletos de alusões a sua consciência paira, sua perna treme, sua pele se arrepia e sua voz não saí. Nas cinzas dos campos, relembro historia travadas e consigo ver o que ainda estar por vir...

As minhas asas a muito foram arrancadas e sem a paz que brota de um olhar, o medo me tornou mais forte, frio e sozinho. Onde esta o cor que aquecia o meu coração? A onde estará o que vai me fazer ir mais além e me fazer tudo esquecer? – Eu sei que pessoas vêm, e assim como colibris; elas vão – voando livre por aí, enxergando muito mais além...
Quando chega a tarde soldados do medo invadem o mundo, brilhando no escuro. Sem poder enxergar o céu não consigo me guiar sem pensar naquela que é a pedra que obstruí a minha evolução. Uma divindade fabulosa tem que morrer e assim uma nova pessoa renascer: Eu. Quando toco o meu violão consigo impulso para me jogar do alto de um penhasco sem fim...
E, quando nasce o primeiro brilho da aurora boreal o que era rosa se desfaz os meus olhos, sem pantufas e pérolas. Percebo que de agora em diante eu posso sonhar, pois acordei mais leve e disposta a reconstruir tudo o que esta em ruinas por aqui. Sinto energias boas que insistem em me guiar, nem sempre as vejo, mas as compreendo.
Precisei de muito tempo para exorcizar você de mim, mas hoje tudo chegou ao fim, com um final feliz. A vida me mostra novos temas, e os meus desejos não os esqueço. As lagrimas que um dia caíram no chão, serviram para semear a terra e fazer crescer forças que hoje me levam até o brilho das estrelas. Com a proteção tatuada em ombro direito e fogo eternizado no pulso minha fé vem de mim, na minha capacidade de seguir adiante: caindo e levantando.


By PauloLEONARDO/15.abr.2011