segunda-feira, 5 de março de 2012

O voou da formiga que não tinha asas...

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Aos princípios sábios da vida, a sabedoria esta além da coragem dos que pretendem aprender. Enquanto muitos trabalham para poder pagar por existir, muitos ainda preferem fechar os olhos e fingir... Enquanto tantos pensam e pensam na tentativa de inventaram algo por nós; existem "seres" - predestinados para viver e sonhar sem ter que se preocupar em cumprir as ordens muito bem. E, não muito diferente do olho do furacão. Uma formiga sonhava, e sonhava... Pois, ela não queria ser apenas mais uma entre tantas e tantas mais... Não queria viver a colher frutos no verão e esperar por um longo inverno. Na sua admiração pelos os outros seres que podiam e sabiam voar, ficava minutos e até horas. A sua vontade não era apenas de conhecer o que existia além do raio de areia, grãos, matos flores que cercavam o seu formigueiro. Enquanto ela enxergava o seu reflexo numa gota de água na areia que mais parecia um lago, lembrava-se de seres que ela desconhecia como: as borboletas - calmas e coloridas, os pássaros - cantantes e alegres, os falcões - súbitos e fatais... Mesmo os vendo de tão longe, sabia ela que o seu tamanho era muito inferior e não sabia por que havia sido tão desfavorecida por apenas caminhar e a trabalhar a vida inteira. Certa vez desanimada e predestinada... Ela se esforçou o máximo que pode para encontrar a árvore mais bela e alta da floresta: uma árvore com um enorme tronco marrom - era tão grande que dez homem esticando os braços não conseguiam abraça-la, forte e robusta, seus ganhos encantavam de longe com as suas folhas que mais pareciam desenhadas, junto a uma tonalidade única de um novo verde. Olhando-a de baixo para cima a árvore parecia tocar o céu, e a formiga sabia que se ela chegasse ao topo poderia ver os que outros seres belos e alados viam e até quem sabe sentir o que os mesmo sentiam.
E, na força do seu pensamento mudou o seu estado triste e desforme. Ela até pode sentir-se um pouco bem, mas ela sabia muito bem o que queria fazer. Então, o princípio do seu desejo poderia chegar ao fim... Aproximando das raízes da tão bela e radiante obra de Deus, ela deu início a sua jornada. O suor escorria por seu rosto, a sol ofuscava os seus grandes olhos, e as suas antenas se curvavam para traz parecendo que ia quebrar. Ventava muito, e ela já começava a se deparam com besouros e abelhas. Já conseguia ver o pólen das rosas que cresciam ao redor da árvore. Sentiu uma sensação única e inexplicável no seu peito. Caminhava sem descansar até o topo, e já haviam se passado cinco horas. Nas costas uma pequena trouxa que carregava consigo: farelos de pão e água o suficiente, pois tinha consequência que a mesma acabará um dia. Ela ficou bestificada quando viu um belo beija-flor azul acinzentado voando aos arredores e os seus olhos brilharam quando ele parou na sua frente, ela mal podia ver as suas asas batendo - via apenas os vultos. E, não demorou muito viu outros pássaros que ela tanto observava do mundo lá em baixo. A dura pena ela chegou ao topo da árvore, o sol parecia estar mais perto. Não entendia porque só alguns pássaros conseguiam voar até aquela altura e bem poucos os que conseguiam ultrapassar a mesma que dividia os céus com as nuvens. Nem com olhos tão grandes ela conseguia ver tudo o que a paisagem lhe proporcionava, ela emudeceu. Nem podia ver o formigueiro que lhe acolheu quando pequena e lhe recrutou quando um pouco mais desenvolvida. Levantou a cabeça e viu uma folha sobre ela, de fato era a folha mais alta. E, quase sem muita energia ela subiu e deitou-se sobre a mesma e inesperadamente alguém que estava muito mais alto que ela a observava, e viu-a levantar-se e caminhar até a ponta da mais bela e desenhada folha daquela que era a árvore mais bela e alta de todo o bosque no meio da selva. Ela abriu e fechou os olhos, apertou os dedos das suas mãos fechando e formando um punho e junto com as mãos abriu os braços e inclinando o seu corpo para frente até sentir-se equilibrada apenas com as pontas dos dedos dos pés ela lembrou-se do beija-flor e assim ficou por vários segundos, respirou fundo e jogou-se aos céus... Seu corpo caía lentamente, ela sentia o vento cruzar cada parte do seu corpo, pequeno corpo, leve corpo... Lembrando-se de quando era apenas uma minúscula formiga aprendendo os primeiros passos e equilibrando-se para não cair, do primeiro grão de areia - como era pesado. Viu se realizando o que tanto almejava, sem máscaras e trampolins. E, via-se planando no ar e percebia que o vento lhe levava cada vez mais longe da árvore e sem medo de chegar ao chão que nem se podia ver ainda, ela apenas fez o que quis sem precisar fingir... "Há quem diga que ela voa por aí até hoje em companhia do vento, pois nunca chegou ao chão."




Nunca desista dos seus sonhos,
Pois eles não são uma programação que passa enquanto você dorme.





By PauloLEONARDO/05.mar.2012


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