segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Gritos de Um Mudo

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Perdi a razão e o que queria
Por não Saber viver à luz do dia
O mundo era grande demais...
Eu lhe via mas não conseguia correr atraz...

Levantem me por terra:
Fortifiquem a minh'alma.
Cem pessoas, algumas armas: uma guerra.
Não me convoquem para o que me afasta a calma.

Ouço os meus gritos!!!
Já não sou mais mudo...
Assim quebro todos os mitos,
Já não temo mais o mundo.

Não temos a paz a pronta entrega
Não plante a semente no concreto e asfalto
A esperança todos aqui jás rega
Nada além das vista dos que estão no alto

Ouça os batidas dos tambores
Enxergue o que os olhos não vêem...
Perca um pouca da ganância e as suas dores
Não reze se em nada crêres...

Meus olhos vermelhos
Todos vêem, mas não enxergo eles na frente do espelho
Meus joelhos ralados, corpo cançado, mente conturbada...
Homens alados, jovens armados, noite fugida na madrugada...

Prédios que caem, notícias idiotas, vírus fatais...
Política viva do pão e circo apresenta:
Todos sentam no banco e não se levantam.
Caixa quadrada que aliena os mortais,
Fibra optica e as suas redes sociais; sedenta.
Curta e repasse o que os seus olhos encantam...



Gritos de Um Mudo
By PauloLEONARDO/30.jan.2011


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